domingo, 12 de setembro de 2010

Poesia





Dos lados que poucos contemplam
Saem ângulos quase obtusos
Em um campo onde não há limites
Há a dificuldade de encontrar a ordem

Ah! Como adoro o pós-modernismo
Como me encantam as alegorias
Como a forma pode ser irregular
Como as pessoas são semelhantes

A arte pode ser expressar livremente
Não precisa ser preta ou adjacente
Pode ser desconexa e ainda coerente
Não é que se assemelha ao outro mesmo?

Em quatro versos quis discorrer
Sobre a liberdade que um dia escolhi
  Do cheiro mais inconstante e colorido
      Se faz o teorema do amar.

A Simplicidade do Ouvir


Nossa, a última vez que escrevi por aqui foi quinta. Que absurdo! Então lá vamos nós com mais um breve pensamento.

Não sei quantos dos que lêem isso aqui já pararam para perceber que na verdade quando lemos é como se estivéssemos ouvindo ou até mesmo conversando com o autor. 
Muitas pessoas tem dificuldade de ouvir. Talvez tenhamos todos alguma dificuldade nesse sentido. Além do fato de que a fé vem pelo ouvir, que Jesus pregava incansavelmente, que Paulo pregou nas sinagogas como ninguém, que os profetas profetizavam com sua voz, ainda tem uma  palavra interessante: Pv 18.13: "O que responde antes de ouvir comete estultícia (tolice) que é para vergonha sua". Refleti rapidamente agora, quem que nunca foi pego cometendo o absurdo de não esperar a outra pessoa terminar e já saiu brigando, achando ruim ou dando um conselho? Depois, foi ou não foi vergonhosa a situação? 
Sabe gente, ouvir é muitas vezes um privilégio. Não é algo que temos que aprender para sermos educados ou alguma coisa desse tipo. Ouvir é tão importante... Ouvindo aprendemos demais. Ouvindo dizemos que nos importamos, que amamos. Ouvindo conseguimos "dar asas" a imaginação. Não há limite quando nos envolvemos na arte de ouvir. Uma conversa pode rolar por mais de três, quatro horas tranqüilamente ou até mais dependendo de quanto estamos envolvidos naquele momento. Quem já experimentou ouvir uma criancinha do nada?Ou um senhor de idade? Quanta sabedoria há no falar deles e quanto é precioso poder ouvir as suas palavras.

Que tal pararmos de só falar um pouco e nos voltarmos mais a ouvir. 
Especial para os amados irmãos: Deus fala também, espere nas suas orações a voz dEle. Seja surpreendido. 
Aprenda a ouvir.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O pior de nós



Refletindo, para variar em coisas que nem sempre as pessoas pensam, eu me deparei com algo interessante.
Observar é uma arte. Fato. Anotem isso e sejam o mais observadores possível. Não do tipo fofoqueiro ou indiscreto. Quando digo observar é pelo simples fato de ao contemplar  as coisas e principalmente as pessoas compreendemos muitas coisas.  Como diria Helena Kolody:  “Rezam meus olhos quando contemplo a beleza”“A beleza é a sombra de Deus no mundo.”
Como disse, é uma arte. (um dia conversaremos mais sobre isso). Hoje o foco está em um desses "exercícios".

Sabe aquele dia que você está cansado, se achando rabugento, se sentindo velho e por aí vai? Então, no meio desse caos uma pessoa vira pra você e fala: Você poderia sorrir pra mim? Sempre que te vejo lembro do seu sorriso me sinto bem. Ou algo assim: ai é tão bom te ver, está sempre feliz isso me fortalece

Só que você não está nada alegre naquele momento, nem um pouco afim de sorrir. Ai alguns de nós nos esforçamos de alguma maneira e sorrimos, criamos um assunto ou sei lá mais o que somos capazes de fazer. Enfim, o mais legal é que O PIOR DE NÓS PODE SER O MELHOR QUE ALGUÉM RECEBEU EM MUITO TEMPO.
Somos importantes, nossa identidade é única. Por pior que estejamos, aquilo não muda o que somos.

Nunca se esqueçam: A MANEIRA COMO VOCÊ ESTÁ NÃO MUDA AQUILO QUE VOCÊ É.

Olha eu aí, sendo quem sou!Feliz!


Idéias "emprestadas"

Vivo falando por aqui sobre o meu amor a leitura. Eu sempre defenderei que isso ajuda a construir as pessoas e as levam a um pensamento pluralista e as incentiva a montar o quebra-cabeça de idéias e tecer uma única colcha toda retalhada, mas que esquenta como poucas. Usei muitas figuras de linguagem, mas não encontrei melhor maneira de me expressar. 

Tomei emprestada a idéia de um grandes cronista, escritor, mestre e por aí vai. Rubem Alves. Apesar de ser bem grande, só mesmo ele com sua ampla experiência em idéias pra ganhar de mim (por enquanto). Leiam o texto, vale a pena.

"Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento.
Dizer "esse entra, esse não entra" é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra.

Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma idéia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: "Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!".

Pois é claro! Não nos interessávamos por aquilo que ele havia memorizado dos livros. Muitos idiotas têm boa memória. Interessávamo-nos por aquilo que ele pensava. O candidato poderia falar sobre o que quisesse, desde que fosse aquilo sobre o que gostaria de falar. Procurávamos as idéias que corriam no seu sangue!

A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos —ah, isso não lhes tinha sido ensinado!

Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.

Uma candidata teve um surto e começou a papaguear compulsivamente a teoria de um autor marxista. Acho que ela pensou que aquela pergunta não era para valer. Não era possível que estivéssemos falando a sério. Deveria ser uma dessas "pegadinhas" sádicas cujo objetivo é confundir o candidato. Por vias das dúvidas, ela optou pelo caminho tradicional e tratou de demonstrar que havia lido a bibliografia. Aí eu a interrompi e lhe disse: "Eu já li esse livro. Eu sei o que está escrito nele. E você está repetindo direitinho. Mas nós não queremos ouvir o que já sabemos. Queremos ouvir o que não sabemos. Queremos que você nos conte o que você está pensando, os pensamentos que a ocupam...". Ela não conseguiu. O excesso de leitura a havia feito esquecer e desaprender a arte de pensar.

Parece que esse processo de destruição do pensamento individual é consequência natural das nossas práticas educativas. Quanto mais se é obrigado a ler, menos se pensa. Schopenhauer tomou consciência disso e o disse de maneira muito simples em alguns textos sobre livros e leitura.

O que se toma por óbvio e evidente é que o pensamento está diretamente ligado ao número de livros lidos. Tanto assim que se criaram técnicas de leitura dinâmica que permitem ler "Grande Sertão: Veredas" em pouco mais de três horas. Ler dinamicamente, como se sabe, é essencial para se preparar para o vestibular e para fazer os clássicos "fichamentos" exigidos pelos professores. Schopenhauer pensa o contrário: "É por isso que, no que se refere a nossas leituras, a arte de não ler é sumamente importante".

Isso contraria tudo o que se tem como verdadeiro, e é preciso seguir o seu pensamento. Diz ele: "Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: só repetimos o seu processo mental". Quanto a isso, não há dúvidas: se pensamos os nossos pensamentos enquanto lemos, na verdade não lemos. Nossa atenção não está no texto. Ele continua: "Durante a leitura, nossa cabeça é apenas o campo de batalha de pensamentos alheios. Quando esses, finalmente, se retiram, o que resta? Daí se segue que aquele que lê muito e quase o dia inteiro perde, paulatinamente, a capacidade de pensar por conta própria. Esse, no entanto, é o caso de muitos eruditos: leram até ficar estúpidos. Porque a leitura contínua, retomada a todo instante, paralisa o espírito ainda mais que um trabalho manual contínuo".

Nietzsche pensava o mesmo e chegou a afirmar que, nos seus dias, os eruditos só faziam uma coisa: passar as páginas dos livros. E com isso haviam perdido a capacidade de pensar por si mesmos. "Se não estão virando as páginas de um livro, eles não conseguem pensar. Sempre que se dizem pensando, eles estão, na realidade, simplesmente respondendo a um estímulo —o pensamento que leram... Na verdade eles não pensam; eles reagem. (...) Vi isso com meus próprios olhos: pessoas bem-dotadas que, aos 30 anos, haviam se arruinado de tanto ler. De manhã cedo, quando o dia nasce, quando tudo está nascendo, ler um livro é simplesmente algo depravado..."

E, no entanto, eu me daria por feliz se as nossas escolas ensinassem uma única coisa: o prazer de ler! Sobre isso falaremos..."



Retirado de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u687.shtml

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sou um médico

Algumas vezes durante a nossa caminhada temos que parar. Simplesmente parar e colocar uma lente de aumento em alguns pensamentos, ou colocar "esparadrapo", "fazer uns pontos"...
Ainda não resolvi que é um momento de parada, mas para os momentos de reflexão temos que encontrar alguns pitstops.
A idéia é sempre prosseguirmos, mas não se for aos pedaços. Um perna quebrada e tolerável, mas se ela for arrancada é injustificável. 
Pode ter parecido meio dramática minha última frase, mas entenda leitor, as vezes pequenas paradas quando ainda temos uma "linhazinha" segurando vale a pena para evitar danos maiores e demorarão mais tempo para se ajeitar. 
Você não está sozinho e se por acaso se encontrar assim, saiba que essa não é a sua condição final e muito menos a ideal. Somos fortalecidos nos nossos relacionamentos. 

Vamos "brincar de médicos"?

Essa letra é para nunca esquecermos de quem nos ensinou a amar e se importar


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Das coisas que discursamos



Mais um post da série Das Coisas...


Como as palavras são complicadas as vezes. 
Como uma perspectiva ou um ponto de vista pode tornar tudo tão diferente. 
A idéia não é discursar sobre as palavras mas sobre o discurso.
Ah como nossas atitudes são muitas vezes opostas ao que falamos.
As vezes me pergunto até quanto vamos ter o discurso em tão alta estima que seremos incapazes de passar por cima dele e agir de maneira diferente. Quando vamos nos desapegar do prazer que há em ser "politicamente correto" ou então "rebelde sem causa", se é que isso produz algum bem.

NÃO É O DISCURSO QUE MUDA AS COISAS, NEM MESMO AS NOSSAS INTENÇÕES PURAMENTE, SÃO AS ATITUDES.

As atitudes revelam a intenção do nosso coração. Quando realmente nos importamos fazemos algo que se move em direção aquilo. Se você não age assim, não se importa. E isso é um fato.

Ressalvo, que se formos utilizar a metáfora do exército em uma guerra, existem momentos de ficar parado e observar, momento de montar a estratégia e momento de "ir pra cima" com tudo. Não é disso que estou falando aqui hoje, até porque esse exemplo é completamente ponderável e válido. Estou falando que mesmo em guerra o discurso não muda, as motivações vão para uma direção e é assim que deve ser.

Quer fazer algo diferente? Mudar alguma coisa que não está legal em você ou no mundo? Comece alinhando seu discurso a suas ações!

Obs.: recadinho especial a uma mente: Nem sempre o que é obvio é verdade! Sr. Hawking

@beatrizmenezes

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ter

Se não tivermos amor, não teremos nada.

Não é aquele amor que nos atrai sexualmente que estou falando, e sim do amor incondicional no qual escolhemos ter. Optamos amar as pessoas, sejam elas boas ou más. 

Amor não é um sentimento, é uma escolha.

Leia suas bílias. Vivam e ajam conforme o conselho dela. Sempre, não como um aopção mas como um estilo de vida.

Mostre o seu amor. Amor também e constituido de ações. 

Mostre a origem do seu amor. Porque se não estivermos no Filho não sabemos o que é amor. Mas se não temos aquele que é, então como teremos o resultado? Não dá. O resto é tudo mentirinha.

Se rendam a Ele, se rendam ao amor. Obedeçam.

Sigam o amor, caminhem por ele.

Sigam a Jesus!

Tudo o que você precisa saber, de toda sabedoria humana, é que Ele existe e te ama.
Fim