terça-feira, 29 de março de 2011

Das coisas de quando se perde o controle

Retorno com a série das coisas.

Hoje vamos falar um pouco sobre perder o controle. O texto base está em Marcos 4 entre os versos 35 e 41. 

Entre os discípulos haviam alguns pescadores (4) e esses estavam em uma embarcação. Até aí, tudo dentro da normalidade, não havia segredo algum para eles no que tange a navegação e ainda, como pescadores, havia um conhecimento no mínimo muito bom do mar de um modo geral. No meio da noite o barco é tomado por ventos e ondas e o pânico se instala no local. Era uma situação que eles já tinham conhecimento de que não era boa. Por mais que eles soubessem sobre o comportamento do mar, sabiam que pouco poderiam fazer em uma situação como aquela. O que eles "esqueceram" era de quem estava no barco. Não por acaso era Jesus, que veio a se tornar o Cristo, e menos por acaso ainda que Ele se encontrava repousando (deitado sobre o travesseiro dormindo, tranqüilo) no meio da correria que deve ter se instalado no barco. Quando os discípulos se lembraram da presença e se voltaram a Jesus o mesmo acalmou a tempestade e ainda questionou seus amigos sobre porque temiam, e ainda onde estava a fé deles.

Explicações bíblicas a parte, o que quero reforçar essa noite, é que muitas vezes nos encontramos em situações onde aparentemente dominamos tudo, onde temos o controle, sabemos onde estamos e o que acontece por ali. Só que Jesus nos lembra, em primeiro lugar, que não adianta acreditarmos que temos o controle porque as variáveis vêm dele. Se estamos na nossa zona de conforto e acontece algo que vem de fora (um agente externo, como a chuva no exemplo) podemos fazer pouco ou nada, nos restando apenas confiar em quem está conosco.
São tantas as vezes que os acontecimentos da vida saem de nossas mãos... Na verdade as escolhas são nossas, mas existem fatores nos quais simplesmente não temos ação, não está em nosso campo de atividade, não adianta tentar. Frente a essas nos resta segurar bem firme nas mãos do Pai, continuar fazendo aquilo que podemos (o que está ao nosso alcance) e confiar no que Ele pode fazer, mesmo que não faça sentido ou que não tenhamos idéia do que seja que ele fará.